sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

COP 15: Amazonino tem missão de representar os governos locais da América Latina e Caribe

O prefeito Amazonino Mendes chega neste sábado (12) a Copenhague com a missão de representar os governos locais da América Latina e Caribe, na programação oficial da COP 15. Ele é um dos cinco prefeitos do Mundo – indicados pela organização Cidades e Governos Locais Unidos (CGLU), - que terão como missão defender a inclusão das autoridades locais nas discussões de mudanças climáticas, com representações de prefeituras de países asiáticos, norte-americanos, europeus e africanos.
Amazonino estará participando do primeiro compromisso político na próxima terça-feira (15), quando participa da Cúpula de Prefeitos para o Clima, evento precedido pelas reuniões das delegações nacionais no Climate Change Lounge. O encontro tem como objetivo a definição de um forte e abrangente acordo sobre o clima global e a necessidade de referências aos Governos Locais no texto final do acordo sobre o clima.

Amazonino foi escolhido pela CGLU depois de ter reconhecido o esforço da Prefeitura de Manaus em mobilizar os governos locais dos países amazônicos, com a realização da Cúpula Amazônica de Governos Locais. Cinco prefeitos do Mundo - de Nantes (França), Dunkar (Africa do Sul), Dakar (Senegal), Zhang (China) e Manaus (Brasil) - terão como desafio lutar pelo reconhecimento dos governos locais como gestores dos mecanismos de desenvolvimento limpo. A mobilização municipalista pró-COP 15 foi defagrada no início deste ano pela organização (CGLU), entidade que possui a chancela da ONU e reúne governos locais de 127 do 191 países integrantes do Sistema das Nações Unidas. No Brasil, o movimento ganhou força com a realização da Cúpula Amazônica de Governos Locais, promovida pela Prefeitura de Manaus, Confederação Nacional de Municípios (CNM) e Associação Amazonense de Municípios, e que pela primeira vez reuniu representações de governos locais dos nove países do Bioma Amazônico para discutir o papel da floresta e dos serviços ambientais prestados por ela.

Ao prefeito Amazonino Mendes, na COP 15, caberá principalmente a defesa da Carta de Manaus, documento que resultou da Cúpula Amazônica, no qual os governos locais da Amazônia se comprometem a adotar metas municipais voluntárias de
redução de desmatamento e degradação florestal negociadas com os setores da sociedade, além de apresentar à comunidade internacional e aos governos nacionais amazônicos suas iniciativas locais e em rede para o compartilhamento de recursos financeiros, tecnológicos e de capacidades. A Carta de Manaus recomenda aos governos nacionais que, por ocasião da 15ª Conferência das Partes, seja apoiada a inclusão do mecanismo de REDD e REDD-plus como instrumentos reconhecidos pelo protocolo para mitigação das emissões de gases que ocasionam o efeito estufa e que a implementação desses projetos de REDD tenham a participação dos governos locais. O documento ressalta também que a Amazônia, maior floresta tropical do Planeta, dever ser reconhecida como fonte de produtos e serviços ambientais e não somente depositária de estoques de Carbono.

A mobilização pró-Amazônia conta com o apoio de prefeituras de países como França, Alemanha, Portugal, China, África, entre outros. Recentemente, o Fórum das Autoridades Locais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – FORAL-CPLP oficializou o apoio à Carta de Manaus e a adoção do documento como referencial para a tomada de posicionamento sobre as negociações internacionais de mudanças climáticas. Em recente artigo publicado no imprensa francesa, o prefeito de Paris, Bretrand Delanoë, afirmou: "Como enormes emissores de gases de efeito de estufa, as cidades contribuem muito para a mudança climática através de seu trafego rodoviário, da atividade industrial, do tipo de construção civil e até mesmo de sua iluminação pública. Além do mais, uma vez que estas são freqüentemente áreas metropolitanas densamente povoadas em zonas costeiras, podem muito bem serem as primeiras vitimas de alterações climáticas significativas. É por isso que os eleitos locais entenderam numa fase muito precoce da sua responsabilidade como centros urbanos na luta contra a mudança climática", diz o texto.

E completa: "Declarar que decisões devem ser tomadas já não é suficiente: é chegado o momento de tomar medidas. Isto é que as cidades estão fazendo e são estas, provavelmente, os primeiros a terem agido de uma forma coerente com uma
abordagem verdadeiramente estratégica. Isso é demonstrado, particularmente através da elaboração de 'planos climáticos' que definirem objetivos exigíveis e visam à ponderação em cada nível: na diversificação dos meios de transporte, no compartilhamento de veículos, na melhoria da eficiência energética dos edifícios, no desenvolvimento intensivo de energias renováveis e na reciclagem de resíduos".



Mais informações:

Assessoria de Comunicação
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas)
Prefeitura Municipal de Manaus (PMM)
Contatos : (92) 3642-1030/1010 Ramal 116

0 comentários: